Após o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedir “documentos sérios” que comprovem a denúncia de que a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi prejudicada com a exibição de menos inserções de rádio que a campanha do ex-presidente Lula (PT), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que a solicitação será atendida.
“Serão entregues amanhã. [Provas] de todas as rádios”, disse o ministro, na noite desta segunda-feira (24), a um veículo de imprensa.
SOBRE A DENÚNCIA
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou na noite desta segunda-feira (24) que campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) teve mais de 154 mil inserções a menos que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em rádios. O caso foi ajuizado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os dados foram levantados por uma auditoria interna e são referentes aos dias 7 e 21 de outubro. No total, foram 154.085 inserções de rádio a mais para o candidato petista. A diferença se deu principalmente no Nordeste. Segundo a campanha de Bolsonaro, os materiais que deixaram de ser veiculados correspondem a 1.283 horas de conteúdos não exibidos.
MORAES PEDE PROVAS
Horas depois de o pedido ser apresentado, o ministro Alexandre de Moraes se manifestou no processo. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cobrou “provas e/ou documentos sérios” para abrir um inquérito e disse que elas foram baseadas em um relatório “apócrifo”.
– Os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo “relatório de veiculações em Rádio”, que teria sido gerado pela empresa “Audiency Brasil Tecnologia” – escreveu o ministro.
Moraes apontou também que “nem a petição inicial, nem o citado relatório apócrifo indicam eventuais rádios, dias ou horários em que não teriam sido veiculadas as inserções de rádio para a Coligação requerente; nem tampouco a indicação de metodologia ou fundamentação de como se chegou à determinada conclusão”.