O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova tarifa de 25% sobre carros e peças automotivas importadas, medida que pode impactar significativamente a indústria global e intensificar disputas comerciais. As tarifas entrarão em vigor em 2 de abril, conforme determinado por uma ordem executiva.
Trump argumentou que a taxação estimulará a indústria automobilística americana, gerando empregos e investimentos. No entanto, analistas alertam que a medida pode resultar em paralisações temporárias na produção, aumento de preços e desgaste nas relações comerciais com aliados.
Um estudo da Comissão de Comércio Internacional dos EUA, publicado em 2024, estimou que uma tarifa de 25% reduziria as importações de carros em quase 75% e elevaria os preços médios dos veículos no país em cerca de 5%.
Atualmente, os EUA importam cerca de oito milhões de veículos por ano, totalizando aproximadamente US$ 240 bilhões em comércio. O México é o principal fornecedor, seguido por Coreia do Sul, Japão, Canadá e Alemanha. Muitas montadoras americanas, incluindo General Motors e Ford, possuem fábricas nesses países, beneficiando-se de antigos acordos de livre comércio.
As ações da General Motors caíram cerca de 3% após os rumores sobre o anúncio, afetando também outras montadoras, como a Ford. Em resposta à decisão de Trump, a Hyundai anunciou um investimento de US$ 21 bilhões nos EUA, incluindo a construção de uma nova siderúrgica na Louisiana.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, criticou a medida e afirmou que a União Europeia avaliará suas opções antes de decidir sobre uma possível retaliação.
Por Redação
