No domingo (25), o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse que “todos os procedimentos” da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), serão “reavaliados” visando o “fortalecimento da segurança”. A declaração foi dada depois de um homem planejar explodir uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília. No sábado (24), George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso pela Polícia Civil do DF (Distrito Federal) por montar uma bomba em uma das vias de acesso ao aeroporto da capital. Em depoimento, ele afirmou que o plano era “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”.
Em seu perfil no Twitter, Dino também afirmou que o “combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado”. Apesar do episódio, o futuro ministro da Justiça disse que a posse presidencial, que será realizada em 1º de janeiro de 2023 na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, “ocorrerá em paz”. Segundo ele, a democracia “venceu e vencerá”.
Na entrevista, o futuro ministro afirmou que os acampamentos em frente ao QG (Quartel General) do Exército em Brasília são “ilegais”. A Polícia Civil informou que o homem, que é do Pará, veio a Brasília para participar dos atos em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). As manifestações são realizadas no local desde o 2º turno.
“São locais abertos, com armas. Esse problema ultrapassa a posse. Derrotamos Bolsonaro, mas não o bolsonarismo”, declarou.
Ao comentar o episódio, Dino também disse que a “responsabilidade política” de Bolsonaro no caso é “evidente”. Entretanto, afirmou que ainda seria “cedo” para falar em uma suposta “responsabilidade judicial” por parte do presidente.