O voto do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a descriminalização da maconha para uso pessoal, em julgamento retomado nesta quinta-feira, soma mais uma crítica de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao magistrado. Nas redes, o indicado do petista à Corte foi chamado de “conservador” e que “não tem nada” de progressista.
O entendimento foi o mais conservador proferido sobre o tema até o momento na Corte. Até o momento, já votaram os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. A presidente do STF, a ministra Rosa Weber, adiantou o voto porque se aposenta em outubro. No voto, Zanin afirmou que a descriminalização tem “problemas jurídicos” e que a medida seria inconstitucional.
“Não tenho dúvidas que usuários são vítimas do tráfico e organizações criminosas, mas se o Estado tem dever de zelar pela saúde de todos, como diz a Constituição, a descriminalização poderá contribuir para o agravamento da saúde. A lógica é que com descriminalização aumente o uso”, destacou.
Logo após o voto, o influencer Felipe Neto, que apoiou Lula na corrida presidencial no ano passado, afirmou nas redes que “agora está clara” qual a visão de mundo de Zanin e reprova a indicação do jurista pelo petista ao Supremo.