Na manhã desta quarta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou a operação War Dogs para cumprir 10 mandados de busca e apreensão no estado do Paraná e em Minas Gerais, contra “um dos maiores fabricantes de armas do país”, de acordo com o comunicado da corporação. Ação é um desdobramento do flagrante realizado nesta terça-feira (10), em que três homens foram presos com 47 fuzis e centenas de munições em uma mansão de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A iniciativa foi da Delegacia de Repressão a Drogas e do Grupo de Investigações Sensíveis da PF. Após o flagrante, ainda na madrugada desta quarta, a PF representou pelos mandados de busca e apreensão e pelo sequestro de bens dos presos, em endereços residenciais e de empresas a estes vinculadas, no estado do Paraná e em Minas Gerais.
“Em um dos locais, onde aparentemente funcionava uma fábrica de móveis, os policiais federais encontraram materiais, maquinários e caderno de anotações com manual de instruções que indicam que o grupo criminoso realiza a fabricação e montagem de fuzis no estado de Minas Gerais”, afirma a PF.
De acordo com as autoridades, os indícios apontam que o armamento é posteriormente enviado ao Rio de Janeiro, onde é comercializado e distribuído para as fações criminosas que atuam nas comunidades do Estado. Na residência do principal alvo da operação, preso em flagrante na terça, os policiais apreenderam peças de fuzis, carregadores e munições, além de um veículo de luxo, uma Lamborghini avaliada em mais de R$ 1 milhão de reais.
Para o cumprimento dos mandados em endereços de Belo Horizonte e Região Metropolitana, a Polícia Federal no Rio de Janeiro contou com o apoio dos policiais federais lotados na Superintendência Regional da PF em Minas Gerais e no Paraná. War Dogs, o nome da operação faz alusão ao filme americano de 2016 (Cães de Guerra em português), que retrata o tráfico internacional de armas de fogo.
Wemilly Moraes