DF: Professora que recebeu palha de aço afirma que não quis revidar

A professora Edmar Sônia, de 48 anos, que recebeu uma palha de aço de um aluno no Dia Internacional da Mulher, disse que preferiu não revidar ao ato praticado pelo estudante, mas relatou que viu um machismo claro na conduta do adolescente. Para ela, não é possível ter certeza se houve racismo nesse caso.

“Houve machismo, consigo enxergar. Muito embora tenha sido em forma de brincadeira, ela tem algo por trás. Você fazer algo assim tem um pensamento ideológico anterior. Mas não sei te falar se teve racismo naquilo, porque ele também tinha dado o pacote de “bombril” para a namorada, que não tem as mesmas características que eu”, disse a educadora.

A educadora lembra que já ouviu frases com cunho machista proferidas pelo mesmo aluno que entregou a palha de aço para ela.

“Já presenciei ele falar algo tipo: “Mulher no volante, perigo constante”. O “presente” parece se tratar de uma atitude de um jovem adolescente que já tem uma ação machista. Que tem essa ideia de que lugar de mulher é na cozinha, como repetem muito”, justificou.

O caso aconteceu em uma turma do terceiro ano do Centro de Ensino Médio (CEM) 9 de Ceilândia, no Distrito Federal. De acordo com Sônia, que é professora há 16 anos, apesar do ocorrido, a relação com os alunos é boa.

 

 

 

 

 

 

 

Wemilly Moraes